sexta-feira, 25 de março de 2011

Morreu um gajo porreiro !

Sou o André, Lopes para a maioria das pessoas. Nasci no dia em que Hosni Mubarak se tornou presidente do Egipto e no ano em que Yasser Arafat recebeu o Prémio Nobel da Paz. Desde que nasci vivo no maior concelho de Portugal numa freguesia com nome de enchido de Mirandela. Estou no penúltimo ano do secundário e ainda não decidi qual será a área da minha licenciatura. Sou adepto fervoroso do clube da cidade que deu nome a Portugal.
Escolhi a sexta-feira porque é sem dúvida o melhor dia da semana, mas mesmo que não o fosse é o dia em que tenho maior disponibilidade para dar o meu contributo ao blog.




Homem da rádio, do teatro e da televisão, sportinguista convicto e amante do atletismo, cara conhecida de grande parte dos portugueses, ele é Artur Agostinho.
Quero homenagear este grande português, ele merece esta homenagem e tantas outras pois nunca desistiu dos seus sonhos e mostrou que 90 anos chegaram para se tornar um dos maiores actores portugueses, uma das mais emblemáticas vozes da rádio, principalmente nos relatos futebolísticos, um ídolo para muitos jovens e um exemplo de coragem.
Queria que quando partisse disséssemos com um sorriso “Morreu um gajo porreiro”, com isto Artur Agostinho mostra um grande à vontade com a vida e com a morte, não encarou a morte como o locus horrendus, mas antes como algo que ele não sabia o que era nem como iria ser, mas sentia-se preparado para ela, dizia que a vida o preparou para tal.
A coragem que este homem mostrou é a coragem que o nosso país precisa, coragem que se fosse comum a todos os portugueses, Portugal conseguiria ultrapassar todas as suas adversidades.
Mas, será que o enorme problema em que o nosso país está mergulhado é apenas falta de coragem? Ou também será que perdemos a capacidade de sonhar e de lutar pelos nossos sonhos?
Para mim ambas as razões são válidas, e Artur foi um exemplo de coragem e perseverança, pois nunca desistiu dos seus sonhos, pode até não os ter concretizado a todos como é óbvio, mas nunca perdeu a capacidade de sonhar. Portugal parece que já perdeu essa capacidade, pois há seis séculos tínhamos a terra e o mar e queríamos sempre mais, hoje temos o nosso “jardim à beira mar plantado” completamente desamparado e ninguém parece querer nem conseguir ampará-lo.
Portugal precisa de mais homens como Artur Agostinho, Portugal precisa de coragem, Portugal precisa de sonhar com o Quinto Imperialismo, Portugal precisa de todos nós.

7 comentários:

  1. esqueceste de referir que tens ao teu lado uma pessoa linda e maravilhosa :f
    de facto, pior que não concretizar os sonhos é perder a capacidade de sonhar. E mesmo que muitos ainda sonhem, nós, como país, parecemos já ter desistido de algo que se tornou um acto heróico.
    E, acima de tudo, viva este grande Homem, que com a sua lucidez extrema nos deu uma grande lição!

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  2. Foi sem dúvida uma grande perda para o país.

    Portugal está ''adormecido'' no tempo.

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  3. não sou mentiroso :n

    Deixar de sonhar é como perder a vontade de viver...
    Foi realmente uma enorme perda.

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  4. és estúpido -.-
    lá está, e será que nós sonhamos tanto como devíamos?

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  5. eu, e falo por mim, sonho menos do que devia

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  6. O Artur foi o exemplo do humanista: de cultura avassaladora, simples, feito de saber ser e saber estar.
    Oxalá tivesse mais seguidores, que a cultura é um dos motores do desenvolvimento, porque alimenta o sonho e, com ele, o futuro.
    Obrigado, Artur.

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